22 abril, 2006

Juniores: Sporting 2 - Benfica 0 (Crónica)

A Academia foi hoje o palco do maior derby do futebol português, em jogo a contar para a 27ª jornada do campeonato nacional de juniores. Esteve uma tarde chuvosa e desagradável que, no entanto, não impediu que se deslocasse muito público a Alcochete, afecto a ambas as equipas, para assistir à partida.
Entre a muita assistência presente, registámos a presença da equipa técnica do plantel principal do Sporting: Paulo Bento, Carlos Pereira, Leonel Pontes, Ricardo Peres e João Aroso. Vimos igualmente José Manuel Torcato, Jean Paul, Gonçalo Bruno, Aurélio Pereira, o seleccionador dos sub-19 Carlos Dinis, os juniores Tiago Jorge, João Gonçalves e Simão Coutinho, bem como alguns juvenis e iniciados.
O Sporting apresentou-se em 4-4-2, com Rui Patrício na baliza, André Nogueira a defesa direito, Tiago Pires e Daniel Carriço como dupla de centrais e André Marques a defesa esquerdo. A linha de meio campo apresentou Pedro Celestino (capitão de equipa) a trinco, Bruno Pereirinha sobre a direita, João Martins a meio e David Caiado na esquerda. Na frente esteve uma dupla de pontas de lança composta por Tomané e Diogo Tavares. O banco do Sporting apresentou o guarda-redes juvenil Nuno Silva, os defesas Vasco Campos, Paulo Renato e Tiago Pinto, o médio Zezinando e os avançados Fábio Paim e Ricardo Nogueira. O trio de arbitragem veio de Lisboa.
Da esquerda para a direita: Pedro Celestino (capitão), Rui Patrício, André Nogueira, Daniel Carriço, Diogo Tavares, Tiago Pires, Tomané, Bruno Pereirinha, André Marques, João Martins e David Caiado.

Desde o início da partida que o Sporting tomou conta das operações. Durante o primeiro quarto de hora, os jogadores leoninos exerceram grande pressão sobre os seus adversários, começando a controlar o meio campo. O primeiro lance de registo foi um cartão amarelo mostrado a André Marques, aos 9 minutos, por protestar uma falta assinalada pelo árbitro. À passagem do quarto de hora surgiu a primeira oportunidade clara de golo para o Sporting. David Caiado cruzou da direita e Diogo Tavares cabeceou por cima. Pouco depois, o mesmo jogador, no lado direito da grande área, rematou de ângulo apertado à malha lateral. Diogo Tavares estava em destaque por esta altura, fazendo um passe brilhante a isolar Tomané, mas este rematou à figura do guarda-redes benfiquista. O Benfica não saía do seu meio campo e revelava-se incapaz de construir uma jogada de perigo.

O marcador foi inaugurado aos 20 minutos. Tomané fez o 1-0, em jogada individual, num remate cruzado sobre a direita da grande área. Foi um golo muito festejado na Academia.

As comemorações do primeiro golo.

Os nossos jogadores, devido ao elevado ritmo do jogo, aproveitaram para se dessendentar.

O Sporting continuou a controlar a partida e chegou até a haver alguns momentos em que o Benfica passou largos segundos sem tocar na bola, mercê da rápida circulação do jogo imposta pelos jogadores leoninos. A equipa visitante só dispôs da sua primeira oportunidade aos 36 minutos, num cruzamento do lado direito que permitiu a um jogador do Benfica cabecear com perigo, mas Rui Patrício correspondeu com uma boa estirada, defendendo para canto. Também em pontapés de canto, o Sporting tentou chegar ao golo.

Aos 41 minutos, João Martins fez o 2-0. Após uma sucessão de cruzamentos para a área, Diogo Tavares, no lado esquerdo, dominou a bola e passou para a frente da pequena área onde João Martins, à segunda tentativa facturou.

O segundo tempo começou logo com uma oportunidade de golo para o SCP. Tomané cruzou rasteiro do lado direito e João Martins rematou ao lado, no coração da área. Aos 49 minutos, João Martins marcou um livre directo frontal, que quase ia originando um “frango” monumental do guardião encarnado, que teve muitas intervenções desastradas. Do lance resultou um canto sem consequências. Aos 50 minutos, o defesa direito do SLB viu o cartão amarelo por ter cometido uma falta sobre David Caiado.

Aos 56 minutos saiu Bruno Pereirinha, até esse momento um dos melhores em campo, e entrou Zezinando. Pedro Celestino rematou de longe aos 58 minutos mas ao lado. O Sporting continuava a controlar o jogo com facilidade, dado que o Benfica pouco ou nada fazia para contrariar esse domínio. João Martins, na ausência de Bruno Pereirinha, era agora a unidade mais influente do meio campo.

Aos 62 minutos, deu-se o caso do jogo. O árbitro expulsou o central Tiago Pires com vermelho directo, por derrube a um adversário quando este ia já isolado para a área leonina. Damos o benefício da dúvida em relação ao julgamento do lance, embora fique a ideia que o jogador encarnado se aproveitou do toque para se lançar ao terreno. Do livre directo resultante, a bola foi rematada contra a barreira, rechaçada pelos defesas leoninos. Os jogadores encarnados pediram grande penalidade por entenderem que a bola tinha sido jogada com a mão. Os protestos mais veementes de um jogador do Benfica valeram-lhe o cartão vermelho directo, colocando, no espaço de um minuto, as duas equipas com apenas 10 jogadores. Ficámos com a ideia que o árbitro procurou compensar o seu eventual 1º erro com outro.

Aos 66 minutos, saiu Diogo Tavares e entrou Fábio Paim. Pouco depois, o Benfica criou um lance de perigo com Rui Patrício a não conseguir deter uma bola, aparecendo depois Zezinando a salvar a situação. Aos 69 minutos, saiu David Caiado e entrou Paulo Renato. O Sporting ficou a jogar em 4-3-2, com Paulo Renato a ocupar a vaga de central, Zezinando, João Martins e Celestino no meio campo e Paim e Tomané na frente. Paim rematou de longe aos 72 minutos, originando um canto. Por esta altura era Paim que mais se evidenciava. Aos 75 minutos, Fábio Paim colocou toda a sua genialidade no relvado. Num lance fantástico, ultrapassou 3 ou 4 adversários em fintas sucessivas, fez um chapéu a mais um jogador, isolando-se para a baliza. O fiscal de linha – vá lá saber-se porquê – resolveu levantar a bandeirola e assinalar fora de jogo. O árbitro mandou seguir o lance e Paim fez um chapéu ao guarda-redes, levando a bola a embater na trave. Depois um defesa do SLB cortou para canto. Teria sido um golo de antologia.

O Sporting insistia em busca do 3º golo. André Nogueira cruzou da direita mas Tomané rematou por cima. Sucediam-se os cantos e remates mas a bola teimava em não entrar.

Aos 84 minutos, Celestino cruzou do lado direito mas Tomané chegou atrasado, não conseguindo finalizar. No período de descontos, destaque para o cartão amarelo mostrado a André Nogueira, por protestos.

Vitória justa e inquestionável (mas escassa) do Sporting por 2-0.

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