11 junho, 2007

Juniores: Sporting 2 - Boavista 1 (Crónica)

O Sporting recebeu o Boavista e venceu por 2-1 com golos de André Pires e Daniel Carriço.
Numa tarde em que a Academia registou uma boa afluência de público, embora longe de enchentes já verificadas, destaque para as presenças de Miguel Ribeiro Telles, Pedro Mil Homens, José Manuel Torcato, Aurélio Pereira, Jean-Paul, Luís Dias, Paulo Bento, Carlos Pereira, Fábio Paim, juniores não convocados, juvenis, iniciados e ex-jogadores das camadas jovens do SCP como Simão Coutinho, Tiago Pires, Sandro Conceição e Ruben Gravata.
O Sporting jogou em 4-3-3 com Rui Patrício na baliza, João Gonçalves a defesa direito, Daniel Carriço (capitão de equipa) e Marco Lança formaram a dupla de centrais e Tiago Pinto foi o defesa esquerdo. O trio do meio campo foi composto por João Martins a trinco, Yannick Pupo descaído sobre o lado esquerdo e Adrien Silva sobre o lado direito. O trio mais ofensivo foi composto por Alison no flanco esquerdo, Marco Matias no flanco direito e Ricardo Nogueira no meio. No banco de suplentes estiveram o guarda-redes André Martins, o defesa Tiago Pedrosa, o médio André Pires e os avançados Vivaldo Arrais, Sebastião Nogueira, Bruno Matias e André Cacito. O trio de arbitragem veio de Portalegre.

A nossa equipa durante o aquecimento.

Da esquerda para a direita: Daniel Carriço, Rui Patrício, João Gonçalves, Tiago Pinto, Marco Lança, Yannick Pupo, Marco Matias, Ricardo Nogueira, Adrien Silva, Alison e João Martins.

Resumo da 1ª parte:

O jogo começou de forma muito rápida e intensa com ambas as equipas a disputarem arduamente a posse de bola. O Boavista entrou com intenções de pegar rapidamente no jogo, com o seu n.º 10 Ivan Santos a ser desde logo a figura, mostrando boa qualidade técnica. Foi mesmo a equipa do Bessa a primeira a criar perigo na partida, com dois remates que saíram ao lado da baliza de Rui Patrício. O SCP só à passagem dos 10 minutos se acercou da baliza boavisteira. João Martins bateu um canto da direita e Daniel Carriço – que seria a figura do encontro – cabeceou para defesa do guardião axadrezado.

Logo no minuto seguinte, Yannick Pupo desmarcou Ricardo Nogueira mas este, completamente solto à entrada da área, rematou por cima. Esta foi a primeira grande oportunidade de golo do encontro. O jogo continuava a ser disputado a um ritmo muito veloz e, na jogada imediata, foi o Boavista que criou perigo através de um livre da direita. A bola foi bombeada para a área, estabeleceu-se alguma confusão com muitos ressaltos, e aí apareceu Marco Lança a afastá-la para bem longe. A partir daqui o Sporting pegou no jogo e todos esperávamos o golo inaugural, enquanto o FCP-SLB se mantinha empatado a zero.

O Boavista jogou de forma muito dura e ficaram alguns cartões amarelos por mostrar aos seus jogadores, que abusaram de entradas com algum grau de violência. O árbitro mostrou grande dualidade de critérios neste capítulo, não perdoando a amostragem do cartão ao central Marco Lança quando este cometeu uma falta à entrada da área, sem metade da gravidade das faltas anteriores. Também num par de situações em que os boavisteiros jogaram a bola com a mão, os cartões não saíram do bolso.

Voltando ao futebol propriamente dito, o Sporting buscava o golo e Daniel Carriço quase o conseguia, cabeceando ao lado uma bola batida de um livre do lado esquerdo, à passagem do minuto 24. O Boavista voltou a rematar mas por cima, aos 27 minutos, e Tiago Pinto fez o mesmo cinco minutos depois, após passe de Yannick Pupo.

Aos 39 minutos dá-se um tremendo revés. João Martins executa um mau passe com a bola a ir parar aos pés de um boavisteiro. Este lançou rapidamente um ataque, Marco Lança cortou a primeira investida axadrezada, os avançados contrários ganharam o ressalto, Lança voltou a cortar mas o ressalto da bola levou-a até à nossa área. Rui Patrício consegue afastar a bola saindo aos pés de um adversário, o Boavista fica de novo com a bola, é feito um cruzamento e João Gonçalves pára a bola com o braço. O árbitro assinalou a respectiva grande penalidade e expulsou o nosso jogador com cartão vermelho directo. O penalty foi convertido e o Sporting viu-se na posição ingrata de estar a perder por 1-0 e a jogar com apenas 10 jogadores. A nossa defesa passou a contar apenas com três elementos com Daniel Carriço encarregue de fechar o lado direito.

O Sporting tentou reagir de pronto com Alison a rematar sem nexo, por cima da baliza. No último lance do 1º tempo, João Martins bateu um livre da esquerda e Tiago Pinto cabeceou ao lado.

Resumo da 2ª parte:

Lima mexeu na equipa ao intervalo, tirando João Martins e fazendo entrar André Pires. Adrien Silva foi jogar a trinco, ajudando Daniel Carriço a vigiar o flanco direito, enquanto o recém-entrado foi jogar no miolo do campo, descaído sobre a esquerda. O Boavista passou apenas a defender, tentando lançar contra-ataques rápidos na base do pontapé para a frente, sempre que podia.

Aos 53 minutos, Yannick Pupo rematou por cima. No mesmo minuto, registou-se a saída de Marco Matias e a entrada de Sebastião Nogueira que foi ocupar a mesma posição. Ao minuto 55, Pupo bateu um canto da esquerda e André Pires cabeceou por cima. A última substituição ocorreu aos 59 minutos, saiu Yannick Pupo e entrou Vivaldo Arrais. A partida do Olival continuava empatada a zero e os nervos aumentavam na Academia com a situação em que o Sporting se encontrava. O Sporting pressionava de todas as maneiras e feitios e foi numa ocasião em que a bola cruzava a área do Boavista que um dos nossos avançados foi carregado em falta. Chamado a converter a grande penalidade, André Pires mostrou grande calma e fez o 1-1. Estavam decorridos 65 minutos.

http://www.youtube.com/watch?v=Pzfx2Y7JH_g

A esperança de dar a volta ao resultado e conseguir reencontrar a rota do título voltava a ser uma realidade. Do Olival não vinham novidades e o Sporting tinha ainda muito tempo para chegar ao segundo golo. A pressão continuou e o SCP arriscou várias vezes o remate através de Alison, Vivaldo Arrais, Daniel Carriço, André Pires e Adrien Silva. Este último desferiu um remate portentoso que saiu muito perto da trave, dando a sensação de golo. O Boavista levou depois o jogo para a zona do meio campo onde se assistiu a uma fase de muita luta com os nossos dez jogadores a chegarem para as encomendas. Adrien Silva parecia estar em todo o lado enquanto Daniel Carriço e Marco Lança anulavam as tentativas do Boavista de levar a bola para perto da nossa baliza. A ocasião mais perigosa para as nossas redes surgiu aos 78 minutos com dois boavisteiros isolados mas Rui Patrício, imperturbável, resolveu como se nada fosse.

O Sporting não desistia. André Pires, aos 84 minutos, cruzou da direita e Sebastião Nogueira cabeceou à trave. Quatro minutos depois foi Tiago Pinto que quase marcou de cabeça. Entretanto, tinha chegado a má notícia: o FCP estava a vencer por 1-0 e com o título a poucos minutos de lhe ser entregue. Desconhecedores do facto, os jogadores leoninos, exaustos e em inferioridade numérica, não se vergavam com Sebastião Nogueira a desferir mais um remate para nova defesa do guarda-redes.

O árbitro deu cinco minutos de desconto. E foi já muito perto do fim que o Sporting fez o 2-1. A bola foi cruzada para a área, vinda do lado direito, Daniel Carriço apareceu junto ao segundo poste e, pleno de garra e determinação, cabeceou para o fundo das redes. Seguidamente, o nosso capitão exteriorizou toda a sua alegria com os restantes jogadores e as bancadas da Academia a acompanharem-no. Poucos instantes depois soou o apito final. Apesar de algumas vozes das bancadas terem começado a gritar que no Olival se tinha registado um empate, a verdade é que o resultado se fixou mesmo em 1-0 para o FC Porto. Foi o desalento e a desilusão. Em poucos segundos, passou-se do céu ao inferno. Os rostos dos jogadores falavam por si. E, sem surpresa, algumas lágrimas caíram…

Vitoria justa, sofrida, épica e inglória do Sporting.

No próximo dia 16 de Junho o Sporting recebe o FC Porto na Academia na última jornada do campeonato.

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